Início » Como começar a investir: um guia para iniciantes.

Como começar a investir: um guia para iniciantes.

por | 04/11/22 | 0 Comentários

O objetivo deste artigo é abordar algumas questões básicas para apoiar o leitor em sua jornada inicial como investidor, desde aspectos operacionais de como escolher e abrir uma conta em uma corretora até alinhar os objetivos e necessidades de investimentos à diversa gama de produtos ofertados no mercado.

O assunto pode se tornar bastante extenso dependo do caso e perfil de cada um, logo não há aqui a intenção de esgotar o tema, e sim de dar o pontapé inicial e trazer um pouco de luz para que o investidor iniciante possa sair da inércia e colocar o seu patrimônio para trabalhar com confiança e segurança.

Vamos lá!

1 – Organize suas finanças

Antes de começar a investir é importante que você tenha pleno domínio sobre as suas finanças, o quanto produz de renda mensal, quanto gasta e se possui dívidas a quitar. Isto pode parecer bastante óbvio para alguns, mas para outros é um tema inexplorado. Para aqueles que ainda não possuem seu fluxo de caixa bem mapeado, recomendo fortemente que dedique um tempo para entender onde o dinheiro é gasto, se sobra e quanto sobra no fim do mês.

Este é um exercício interessante porque, independente da situação atual ser superavitária ou deficitária em seu orçamento pessoal, é possível que o leitor se surpreenda com alguns caminhos que o seu dinheiro está tomando e, assim, surjam oportunidades de reduzir determinadas despesas sem grandes sofrimentos (ex: algum serviço recorrente que já não utiliza mais, ou cancelar aquela assinatura de revista que já não tem mais utilidade).

2 – Defina objetivos e quanto quer investir

O quanto separar para investir vai depender da sua situação financeira, objetivos e quando você gostaria de alcançar esses objetivos.

Quando o tema é finanças e investimentos, um objetivo em comum a todos os seres humanos é se aposentar com saúde financeira, sem depender do INSS e de preferência o quanto antes. Como regra geral você pode definir algo em torno de 10% a 15% de sua renda para alcançar este objetivo. Se isto parecer pouco realista, pode iniciar com um percentual menor e ir ajustando aos poucos.

Outros objetivos podem incluir a compra de uma casa, custear estudos (MBA, intercambio), ou acumular para iniciar o próprio negócio. As metas podem alterar com o passar do tempo, isso é natural. Apenas assegure-se de revisá-las de vez em quando para manter seu foco em atingi-las.

3 – Entenda as suas opções de investimentos

Simplificando existem duas grandes categorias de investimentos: renda fixa (risco baixo) e renda variável (risco alto). É importante ter noção básica de como funciona a dinâmica dessas duas categorias para poder avaliar qual o melhor destino do seu dinheiro de acordo com os seus objetivos e tolerância ao risco.

A renda fixa possui um comportamento mais previsível quanto a rentabilidade, mas na contrapartida tende a gerar retorno menor a longo prazo, especialmente quando comparado com o mercado de ações. O dinheiro que o investidor necessita no curto prazo, seja para emergência, ou planos definidos como a troca do carro, reforma da casa, viagem etc., deve ser colocado, idealmente, na renda fixa para garantir previsibilidade de ganho ao longo do caminho.

A renda variável, como o próprio nome já indica, varia, e, possui um comportamento imprevisível quanto aos retornos, podendo inclusive produzir fortes prejuízos a curto e médio prazos, mas, ao contrário da renda fixa, tende a entregar retornos mais elevados a longo prazo, por isso é indicado colocar dinheiro que não será necessário utilizar em caso de emergência ou nos próximos 5 a 10 anos.

4 – Abra uma conta em uma corretora

Os investimentos podem até ser feitos através de bancos, mas recomenda-se abrir uma conta em uma corretora. Isso porque elas costumam oferecer menores custos de transações e oferecem uma maior gama de produtos, funcionando como uma espécie de shopping center. Por exemplo, se você decide aplicar em um CDB através do banco, provavelmente só terá a opção do CDB da própria instituição. As corretoras oferecem CDBs (e outros produtos) de outras instituições, o que aumenta o seu leque de alternativas mais adequadas ao seu perfil.

Eu particularmente já tive, ao longo de dezenove anos nove corretoras: seis no Brasil e três no exterior. O que me fez mudar ao longo do tempo foram custos mais baratos, melhores serviços e ofertas de produtos.

Procure uma corretora que melhor atende às suas expectativas, sejam elas solidez, baixo custo ou oferta de produtos, por exemplo. O passo seguinte é abrir uma conta. Você vai precisar de alguns documentos pessoais de identificação e preencher alguns cadastros. Uma vez aberta a conta, basta efetuar uma transferência de seu banco ou conta digital e começar a investir.

5 – Estude

No mercado financeiro em geral, assim como na vida, somos bombardeados diariamente com notícias e ofertas imperdíveis de última hora. A maior parte dessas notícias e chamadas é puro ruído. Mas só tem uma maneira de você conseguir eliminar o ruído: estudando.

Mantenha-se atualizado, faça as suas próprias pesquisas e torne-se capaz de tomar suas próprias decisões. Afinal, você é a melhor pessoa para identificar suas necessidades financeiras e cuidar do destino de seu dinheiro.

 

Bernardo Abreu

Meu nome é Bernardo Abreu, sou formado em Administração de Empresas, com MBA em Finanças Executivas pelo IBMEC e pós-graduado na Wharton University da Pennsylvania em Serviços financeiros e tecnologia. Possuo experiência internacional em multinacionais, com atuação na gestão financeira de empresas do mercado Financeiro, infraestrutura e em meios de pagamentos.

Posts Relacionados:

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Assine nossa Newsletter e receba nosso conteúdos

É rapidinho, basta preencher o formulário e você receberá em seu e-mail nossos conteúdos exclusivos.

Sua inscrição foi realizada com sucesso!

Pin It on Pinterest