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As principais lições de 2024

por | 01/01/25 | 0 Comentários

Vamos fazer o mesmo exercício feito para 2023 (se você não leu, clique aqui) e voltar no tempo, mais precisamente no início de 2024. Imagine que alguém afirmasse, no primeiro dia de 2024, que estes eventos aconteceriam nos próximos 12 meses:

• O dólar ultrapassaria R$ 6,20, atingindo um novo recorde histórico.
• O Copom encerraria o ano elevando a Selic a 12,25% a.a., em vez de reduzí-la.
• O Bitcoin ultrapassaria a marca histórica de US$ 100 mil.
• A bolsa brasileira encerraria com queda de 10,36%, contrariando otimismo inicial.
• A desaceleração econômica da China afetando o crescimento global.

2024 Foi um ano que trouxe à tona aquela velha brincadeira: economistas existem para que os meteorologistas pareçam mais confiáveis. Basta olhar para a mediana das projeções do boletim Focus divulgadas em janeiro de 2024 sobre como terminaria o ano e compará-las com os resultados efetivamente realizados em dezembro:

Os mercados frequentemente disparam quando a economia parece frágil e as previsões são sombrias, e caem quando tudo parece estar em ordem. Se analisarmos a história do mercado, fica claro que essa dualidade é recorrente. Essa dinâmica reflete a imprevisibilidade inerente dos mercados, algo que sempre existiu e continuará existindo e sob a qual não temos o menor controle.

O que está ao nosso alcance é entender uma tendência que se mantém sólida ao longo do tempo: o mercado tem um movimento consistente de alta. Isso é um lembrete valioso de que o foco deve estar onde realmente importa: no longo prazo. Isso não é fácil de fazer, especialmente em nosso mundo altamente conectado em que sempre há inúmeras razões para ser pessimista a curto prazo.

Mas a história mostra que é o otimista a longo prazo que sai vitorioso. Aqueles que conseguem permanecer investidos, permanecem no jogo tempo o suficiente para que a capitalização composta faça sua mágica.

O ano de 2024 reforçou essa lição: embora investir possa parecer complicado em meio ao bombardeio das notícias, a essência de investir é mais simples do que parece. A mídia, com manchetes sensacionalistas, muitas vezes tenta nos convencer do contrário.

2025 Começou com alguns desafios já “contratados”, entre eles o ajuste do quadro fiscal do país. Entretanto já é possível ler notícias bastante otimistas sobre a Bolsa. Em novembro o Morgan Stanley projetou o ibovespa a 146 mil pontos e na sequência, em dezembro o Santander reforçou essa visão. Isso sem contar a quantidade de notícias do tipo “as melhores ações para se investir em 2025”, como se boas empresas tivessem prazo de validade. Vai entender!

Ainda estamos longe do otimismo eufórico típico de bull markets, mas quando esse momento chegar, será perceptível no tom das notícias. As manchetes refletirão um otimismo contagiante, sugerindo um caminho de alta sem interrupções.

É justamente nesse cenário que os riscos são subestimados, o crédito se torna mais acessível e os IPOs se multiplicam. Inevitavelmente, vem a correção, e muitos investidores que entram no auge, pelos motivos errados e no momento errado, acabam sendo os mais prejudicados.

O segredo está no equilíbrio, sempre.
Desejo a você sucesso nos investimentos em 2025.

Bernardo Abreu

Meu nome é Bernardo Abreu, sou formado em Administração de Empresas, com MBA em Finanças Executivas pelo IBMEC e pós-graduado na Wharton University da Pennsylvania em Serviços financeiros e tecnologia. Possuo experiência internacional em multinacionais, com atuação na gestão financeira de empresas do mercado Financeiro, infraestrutura e em meios de pagamentos.

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