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Início » Bradesco: Evolução em perspectiva

Bradesco: Evolução em perspectiva

por | 24/02/25 | 0 Comentários

Cerca de um ano atrás, escrevi uma análise sobre o resultado anual do Bradesco, contextualizando o momento do banco naquele momento. Caso não tenha lido, recomendo que confira esse estudo aqui pois ele traz bastante infomação para esta tese que divide opiniões no mercado. Não é um simples caso de “caiu comprou” sem entender o cenário, sendo fundamental entender o que ocorre com o banco.

Recomendo também, caso não esteja familiarizado com a forma como um banco gera receita, consultar meu artigo sobre tudo o que você precisa saber antes de investir em banco, pois isso facilitará bastante a compreensão do resultado do Bradesco a seguir.

Sem mais enrolação, vamos ao desempenho do Bradesco no 4T24.

Resultado 4T24

No 4º trimestre de 2024, o Bradesco registrou aumento de R$ 17 bilhões na sua margem financeira (+5,4% vs trimestre anterior), dos quais R$ 16,2 bilhões provenientes da margem com cliente. Vale ressaltar que essa melhora decorreu principalmente do crescimento da carteira de crédito, que compensou a queda no spread médio, de 8,8% para 8,4% na comparação com o 4T23.

A redução do spread pode ter sido vista como algo negativo pelo mercado, mas isso na realidade reflete o compromisso do banco em melhorar a qualidade da carteira de crédito e isso naturalmente vem com spreads menores (quanto maior o risco, maior o spread e vice versa).

Carteira de crédito e inadimplência

O Bradesco registrou um crescimento de cerca de 12% em sua carteira de crédito. O que o investidor deve ficar atento é como o banco priorizou o crescimento desta carteira:

Aproximadamente 97% das novas operações nos últimos 12 meses foram classificadas nos ratings mais elevados (AA – C), e atualmente ~92% das operações estão classificadas nessas faixas de risco. A estratégia, portanto, não se limitou a aumentar o volume, mas buscou, simultaneamente, manter um controle robusto sobre os riscos associados à carteira.

O controle de riscos também se refletiu na redução dos índices de inadimplência e nas provisões para devedores duvidosos. A taxa de inadimplência acima de 90 dias recuou de 5,1% para 4% no comparativo anual.

O número historicamente considerado ideal para otimizar o resultado do banco para este indicador é de 3% (o Itaú apresentou 2,4% no 4T24), indicando que o Bradesco ainda possui desafios aqui mas também é importante reconhecer o bom trabalho realizado até o momento.

Os valores de PDD também apresentaram melhora expressiva tanto em valores absolutos, saindo de R$ 10,5 bilhões no 4T23 para R$ 7,5 bilhões no 4T24 quanto no índice que melhorou de 4,8% para 3% no comparativo com o mesmo período do ano anterior, demonstrando um aprimoramento na gestão dos riscos de crédito.

Receitas e despesas operacionais

No âmbito operacional, os resultados também foram positivos: as receitas totalizaram um valor de R$ 32,3 bilhões, um incremento anual de aproximadamente 8%, com destaque ao crescimento na linha de receita de prestação de serviços onde o banco reportou um crescimento de 13,7% ao ano, em função do aumento de participação na Cielo. Mesmo desconsiderando esse efeito, essa linha teria crescido 7,9% a.a.

Do lado das despesas o banco apresentou um dados menos favoráveis, com aumento de despesas operacionais de R$ 16,4 bilhões (incremento de 10% no comparativo anual). Para enxergar o copo “meio vazio”, é importante destacar que no período o banco diminuiu seus postos de atendimento saindo de quase 7.4 mil postos para 6 mil e obtendo um ganho de 2 milhões de cliente, mostrando eficiência no quesito digitalização.

A área de seguros do Bradesco se destaca como um ponto forte e porto seguro da instituição. No 4º trimestre de 2024, o ROAE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) do segmento de seguros foi de 25,1%, evidenciando um desempenho excepcional. O banco obteve um lucro de R$ 2,5 bilhões com sua vertical de seguros, mostrando uma melhoria geral em todos os aspectos desse segmento.

O desafio do turnaround e a jornada de inovação

O banco se encontra em uma fase decisiva de transformação, adotando um plano de turnaround para reformular suas operações. Apesar do crescimento anual, desafios como a alta inadimplência forçaram a instituição a promover mudanças profundas em sua tecnologia e em seus processos internos.

As iniciativas implementadas até o momento apontam para uma trajetória de recuperação, embora o êxito dependa de uma gestão meticulosa, do fortalecimento de uma cultura organizacional voltada à inovação e à excelência no atendimento, da otimização da rede de agências e da aceleração da digitalização dos serviços, essenciais para conter a inadimplência e aprimorar os indicadores financeiros.

Cenário macroeconômico para o setor bancário

O desempenho dos bancos está intimamente ligado ao cenário macroeconômico, servindo como um termômetro para as projeções futuras. Em um ambiente que requer estabilidade para a maximização dos lucros e controle dos níveis de inadimplência, fatores como uma taxa SELIC elevada e o crescimento econômico incerto impõem desafios adicionais.

Essa conjuntura, marcada por juros altos, pressiona a gestão da margem financeira, já que a alta taxa reduz a demanda por crédito e eleva o custo de captação, dificultando a manutenção de lucros sustentáveis, sobretudo para instituições em processo de reestruturação como o Bradesco.

Conclusão e ponto de reflexão…

A melhora gradual vem ocorrendo. O Bradesco está em um processo de transformação que demanda paciência e monitoramento contínuo, dado o cenário macroeconômico incerto e os desafios internos para modernizar suas operações e reduzir riscos. As iniciativas para melhorar a eficiência operacional, adequar os spreads e conter a inadimplência indicam um caminho promissor, embora gradual, rumo a ganhos sustentáveis a longo prazo.

Nos últimos dois anos, as ações ordinárias do Bradesco praticamente andaram de lado, saindo de R$ 11,12 em janeiro de 2023 e fechando em R$ 10,88 em 21 de fevereiro de 2025. No mesmo intervalo, o banco vem superando o auge do problema de inadimplência e registrou um salto no lucro líquido, de R$ 16,3 bilhões em 2023 para R$ 19,6 bilhões em 2024, um avanço de 20%.

Além disso, o ROAE passou de 10,2% no 1T24 para 12,7% no 4T24, enquanto o total yield (soma do Dividend Yield com a recompra de ações) se manteve na casa dos 7% conforme gráfico abaixo:

Diante desse contraste entre a cotação relativamente estável e a gradual melhora nos indicadores financeiros, abre-se espaço para refletir sobre o potencial de valorização no longo prazo, caso o banco retome patamares históricos de retorno sobre o patrimônio próximos de 20%. Afinal, é o que sempre insisto e repito nas minhas redes sociais: No longo prazo o preço segue o lucro, sempre!

Por último e não menos importante, lembre-se sempre de diversificar sua carteira, garantindo que os ovos não fiquem em uma cesta só e evitando o risco de concentração de ativos em uma mesma ação ou segmento. A diversificação é a melhor defesa do investidor consciente.

(Todas as ações mencionadas neste artigo são utilizadas com propósito educacional, não havendo nenhuma recomendação direta, indireta ou intencional de compra ou venda de papéis)

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Bernardo Abreu

Meu nome é Bernardo Abreu, sou formado em Administração de Empresas, com MBA em Finanças Executivas pelo IBMEC e pós-graduado na Wharton University da Pennsylvania em Serviços financeiros e tecnologia. Possuo experiência internacional em multinacionais, com atuação na gestão financeira de empresas do mercado Financeiro, infraestrutura e em meios de pagamentos.

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